terça-feira, 17 de março de 2015

Uma carta aos manifestantes

Brasileiros, lutem por nossa reforma política. Manifestem-se de forma pacífica, respeitem as autoridades e exerçam o seu direito democrático de expressar a insatisfação que sentem com a falta de compromisso e respeito daqueles que foram eleitos para com a população. Levar milhares de pessoas para as ruas sem machucar o outros, nem destruir coisas é um bom começo e as manifestações de ontem são a prova de que é possível. 

Brasileiros, lutem. Porém, não sejam ingênuos, a ponto de personificar em apenas uma ou duas pessoas a figura do "mal". Hostilizar apenas um partido e tratar uma pessoa como a vilã ou bruxa má da história (literalmente), é coisa de criança. Pendurar na ponte bonecos representando a Dilma e o Lula é um bom (mau) exemplo disso. Sem contar que pedir intervenção militar é a coisa mais vil e imprudente que se pode pedir na vida. Procure um bom livro de história e leia sobre o assunto. Você saberá do que estou dizendo. E repito: isso é coisa de criança.

Brasileiros, o problema é muito maior e a causa é crônica. O que vemos é apenas a ponta do iceberg. A corrupção e a injustiça estão em toda a parte: na política ( bem como em todos os partidos existentes), nos negócios, na arte, na saúde, na educação, na economia, na fila do banco, no caixa do supermercado, no trânsito, na sala de aula, nos escritórios, nas esquinas, nas casas, em você, em mim. A corrupção está dentro de nós. E o "mal" não é a Dilma, o mal é aquilo que nós mesmos cultivamos em nosso interior.

Brasileiros, somos tão miseráveis quanto aqueles aos quais julgamos e apontamos o dedo. E não se assuste com isso. Não é novidade. Mentimos e praticamos a injustiça e a desonestidade tanto quanto nossos políticos. Qual a diferença entre mentir para os nossos patrões e mentir para toda uma nação? Qual a diferença entre ficar com um pertence que não é seu e ficar com dinheiro ilícito, público? 

Brasileiros, lutemos pela reforma política. Devemos fiscalizar, cobrar e participar ativamente do dia a dia político. E na mesma proporção em que fazemos isso, devemos fiscalizar, cobrar e vigiar a nós mesmos, cuidando para que não sejamos hipócritas. 

Brasileiros, a luta não pode parar. Que a mesma energia que tivemos para sair de nossas casas e ir pra rua gritar CHEGA DE CORRUPÇÃO, seja a mesma energia e disposição canalizada para estudar, investigar e eleger aqueles que colocamos no poder. Que seja a mesma energia ao combater as pequenas corrupções que ocorrem em nossas próprias vidas, cujas raízes são as mesmas das grandes corrupções que presenciamos, como as que vimos nos mensalões e no escândalo da Petrobrás. 

Brasileiros, que este seja um tempo de amadurecimento. E anseio que chegue o dia em que não precisaremos desejar a saída daqueles que elegemos, pois os que serão eleitos amanhã foram os pequeninos de hoje, que aprenderam a desenvolver o caráter e a justiça em suas vidas. Desejo que, um dia, não precisemos ter que admitir que fomos negligentes em nosso voto e que todos sejamos revestidos de consciência e responsabilidade.

Quem constroi o país somos nós. E quem o destroi também somos nós. 


Sim, brasileiros, a "responsa" está em nossas mãos.

Prossigamos. 

Thaís Padovani
Compositora

Beijo Lésbico na novela provoca reações

De uma hora pra outra, o assunto principal de muitas pessoas foi mudado da insatisfação com o governo para a inversão dos valores nas novelas da Globo.

Imediatamente após a aparentaçao do primeiro capítulo de Babilonia, multiplicaram-se nas redes sociais textos pró e contra o beijo lesbico, trocado pelas personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Segundo os diretores da novela, incluir o beijo lesbico logo no início da novela foi algo calculado, para evitar o assédio da mídia e porque querem deixar clara a normalidade do relacionamento de 35 anos das duas personagens.

Perfeita para quem vive ou defende relacionamento homossexual, tal postura representou um escândalo para aqueles que enxergam a família tendo um homem como marido e pai, uma mulher como esposa e mãe e os filhos por eles gerados.

Ocorre que  independente de sua forma de ver a situação, cada pessoa precisa saber que não é obrigada a assistir programas de TV que afrontem sua crença, nem expor seus familiares a tais programações mentais, que gerarão memórias que servirão de base para escolhas no futuro.

Sim, porque  as emissoras, como a Globo, sabem a que vieram e usam sua programação para difundir, sim, os valores e conceitos que estão dentro de sua forma de ver o mundo e/ou sua intenção de transformar o mundo naquilo que desejam ver.

O que se vê nas Redes Sociais, no entanto, são críticas de pessoas horrorizadas com a cena que as ofende, mas que a assistiram em suas casas, certamente ao lado de seus filhos...

Não se pode esperar que a Rede Globo ou qualquer outra emissora vá respeitar valores de alguém! Há outras coisas poderosas em jogo! Cada pessoa precisa assumir uma atitude de acordo com o que considera bom para sua família. 

Cabe lembrar que, ainda que não acontecessem beijos gay nas novelas, outras posturas e escolhas dos personagens de todas elas são, deveras, frontais a inúmeros valores e conceitos da maioria das famílias. Ou adultério, prática de aborto, pornografia, assassinatos, roubos, mentiras, fofocas podem ser considerados valores não distorcidos? E a aceitação deles como normais pode ter algum valor para as famílias daqueles que estão revoltados com a coragem da Globo em mostrar um beijo lesbico no primeiro capítulo de uma novela?

Se Você discorda dos valores e conceitos que a emissora transmite, mude de canal! Se não encontrar nada melhor nos outros canais, desligue a TV. Por mais difícil que pareça, experimente fazer isso por algumas semanas, dois meses, talvez, e perceba que Você não precisa, realmente, assistir novelas na TV: é apenas um hábito!

NINGUÉM É OBRIGADO A ASSISTIR UM PROGRAMA DE TV QUE O OFENDE.

Lembre-se: há alternativas de atividades para aquele horário! Reúna sua família para conversar, jogar damas ou Uno, vá tomar açaí com seus filhos, passeiem com os cachorros!

Atividades como essas provocarão maior união e convívio familiar. Há jogos que possibilitam discutir assuntos interessantes, contribuindo para formar a consciência de seus filhos. Há livros excelentes, que podem ser lidos individualmente ou em grupo.

Pedimos a alguns integrantes do CKlube do Livro que indicassem alguns livros. Considere as sugestões e lembre-se de que há um grande número de excelentes livros que não estão nesta lista:

Geração de Valor - Flavio Augusto
A Cabana - Willian P. Young
Jogos Vorazes 1, 2 e 3 - Suzanne Collins
O Colecionador de Lágrimas - Augusto Cury
Feia - Constance Briscoe
As Crônicas de Nárnia - C.S. Lewis
Eu sou Malala - Malala Yousafzai e Christina Lamb
Manual para Jovens Sonhadores - Nathalie Trutmann
Sete - Gutemberg Braga

Se Você gostar de ler Augusto Cury com sua família, encontrará aqui muitos outros livros do autor: http://institutoaugustocury.com.br/augustocury

Experimente! E, se após algumas tentativas Você e sua família não estiverem satisfeitos em ler juntos, lembre-se de que Você pode assinar Netflix e exercitar a capacidade de escolher a série ou filme mais adequada para Vocês, aproveitando para dar um PAUSE em alguns momentos e discutir sobre a situação apresentada. 

Esteja certo: seja qual for alternativa de sua escolha, será muito mais produtivo que assistir à programação de uma emissora de TV para indignar-se contra ela. 

Vamos mudar de hábito?

Jackeline Sarah
Escritora 

segunda-feira, 16 de março de 2015

O Brasil na boca do mundo

Quando Flavio Augusto da Silva, do canal Geração de Valor, compartilhou este vídeo, questionou: é pra rir, pra chorar ou pra se esconder de vergonha?

Vejamos se consigo responder... Quando assisti ao video, embora reconhecendo o lado agradavelmente cômico do apresentador e o lado tristemente vexatório da realidade apresentada, decidi chorar.

Chorei, porque ainda estamos muuuito longe de encontrar solução ou descanso quanto aos problemas no Brasil. Ainda lutamos contra uma corrupção que, embora bastante concreta e significativa, é apenas emblemática, se considerarmos toda a corrupção que não apenas corroi todo o sistema, mas permeia a vida cotidiana de cada brasileiro.

De certa forma, precisamos reconhecer que os políticos que elegemos são aqueles que consideramos como os melhores brasileiros e, se não for assim, por que votamos? No momento político que vivemos, nossos governantes eleitos democraticamente, em sua grande maioria representam a nata corrupta de um povo corrupto... Parecem ser os piores entre os ruins... Por mais que isso me faça chorar, preciso admitir. 

Chorei por saber que o Brasil, embora tenha um povo tão lindo e um potencial tão grande, sempre é visto de forma estigmatizada pelo restante do mundo: país do carnaval, país do futebol e, agora às claras, país da corrupção. Não se pode esconder a verdade eternamente. 

Embora não haja provas concretas contra a Presidente Dilma, o fato de ela ter feito parte do Conselho da Petrobras enquanto os roubos aconteciam e sua postura de quase indiferença ao que o povo brasileiro pensa, são mesmo motivos para ridicularização. E para os protestos que se seguem aqui. 

Quem ganhou boa fama em tudo isso foi o brasileiro Panelaço, a quem todos os que ouvem as tristes e vexatórias notícias sobre o Brasil parecem querer aderir.

É, chorei, Flávio, até com vergonha fiquei. Só não consigo mesmo achar engraçado...

Assista o vídeo do Last Week Tonight, onde John Oliver mostra como o Brasil está na boca do mundo:





Jackeline Sarah
Escritora

O vídeo tem os direitos autorais reservados para Home Box Office Inc



Chega, por Gabriel Pensador

O rap não é uma unanimidade entre os brasileiros. Confesso admirar alguns, mas não ser capaz de entender nem mesmo a letra de um grande número deles.

Entre os 'alguns' que admiro, há de se destacar, talvez pra sempre, o rap lançado ontem, 15/03/15, na página oficial de Gabriel Pensador, no Facebook.

O clipe CHEGA tem uma clareza, uma lucidez fantástica! Rima casa com SERASA e quase explode ao citar inúmeros impostos e tributos que pagamos, como brasileiros. 

Violência e todo tipo de explorações saem com dicção perfeita da boca do Pensador, que nos convida com simplicidade: 

Falar de coisa boa
Mas na minha alma ecoa
Agora um grito
E eu acredito
Que você vai gritar junto


Traduzindo exatamente o tempo que vivemos como povo, em que não se quer mais mudar de assunto, Gabriel conseguiu reunir de forma poética a indignação e a expectativa do povo brasileiro, que, na mesma data do lançamento do clipe, foi às ruas, aos milhões, manifestar-se pacificamente pela mudança. 

A música é uma arma poderosa, que, infelizmente, tem sido muito usada para alienar o povo. Beber até cair e levantar pra continuar bebendo é o mote de uma grande parte das canções atuais, cujos compositores, intérpretes e gravadoras sequer se sentem responsáveis pelo grande número de mortes e acidentes causados pela embriaguez. Certamente, porque não são comprometidos com nada que não se traduza em lucros e vendas de CDs.

Não é o caso de Gabriel, ao pensar seu rap e ao lançá-lo, habilmente, no dia das manifestações. Houve arte, lucidez, ironia, equilíbrio na revolta, comprometimento, identificação com o que é nobre. Espero que haja muitas formas de lucro para o Pensador pela produção, mas o maior deles, certamente, será ser ouvido, pensado, cantado e compartilhado até por pessoas que nunca simpatizaram com rap ou com Gabriel.

Arrisco dizer que CHEGA ficará entre aquelas canções que nunca esquecemos, porque traduzem um grito de vida do povo brasileiro. Sabem? Algo como Cálice, Roda Viva, Pra não dizer que não falei das flores, Chega...

Assista o clipe e faça o brinde dos que não aceitam mais ser idiotizados, nem pelas canções, nem pelo desgoverno, nem por um sistema injusto. Realmente, CHEGA!


Jackeline Sarah
Escritora

sábado, 14 de março de 2015

Marina Silva se pronuncia sobre impeachment, manifestações, governo


Merecem respeito as palavras de Marina Silva, em seu blog, após longo silêncio, que fica claramente explicado em seu texto, que Você pode e deve conferir na íntegra: http://marinasilva.org.br/silencio-se-faz-para-ouvir/


sexta-feira, 13 de março de 2015

Rede Sustentabilidade se posiciona sobre impeachment, manifestações, Democracia

"Nesse momento em que as investigações sobre denúncias de corrupção na Petrobras envolvendo empreiteiras, políticos e partidos políticos estão em andamento, as situações previstas na Constituição para deflagrar o impeachment ainda não estão caracterizadas. Se legitimamente cresce o sentimento popular de indignação e revolta com o governo Dilma e a exigência de mudanças, não significa que devemos romper com os processos democráticos conquistados a duras penas pela sociedade."

Com extrema lucidez, como é característico de Marina Silva, a Rede Sustentabilidade se pronunciou sobre a possibilidade de impeachment da Presidente, o direito do povo a manifestar-se democrática e pacificamente, a importância de defendermos nosso precioso bem: A DEMOCRACIA.

Citando o documento Uma agenda democrática e sustentável para o país, divulgado pela Rede em dezembro/2014,  o posicionamento destaca o que já havia sido dito sobre o momento que vivemos:

"Nos próximos quatros anos, a sociedade deverá reafirmar a necessidade de mudanças sociais, econômicas e políticas de caráter democrático contra a tendência conservadora previsível para o segundo governo Dilma, que tende a aprofundar seu modelo desenvolvimentista insustentável, misturando políticas econômicas liberais com estilo populista-autoritário e o vago chamamento a uma participação popular que, na prática, se transforma em tentativa de mais controle do grupo governante sobre o Estado e a sociedade.

Por outro lado, a democracia também precisa ser reclamada para garantir a manifestação pacífica da sociedade, que tem o direito de exigir do Poder Público providências frente aos graves problemas que se avolumam e comprometem a manutenção dos avanços econômicos e sociais alcançados nas últimas décadas."

Por todo o texto, transparece não um apoio inflamado e irresponsável a possibilidades como: pedir o impeachment da Presidente, pedir a intervenção militar, mas uma preocupação constante e equilibrada em que devemos nos manifestar pela Democracia, para que o povo tenha garantido seu direito e assegurados seus instrumentos democráticos para manifestar sua insatisfação, indignação ou revolta, exigindo o cumprimento de promessas feitas em campanha, o combate à corrupção, a manutenção da Petrobras, a reversão de retrocessos como o da Agenda Ambiental e a manutenção, ampliação e transformação das conquistas sociais, cada vez mais ameaçadas, em políticas públicas.

Leia a íntegra do posicionamento: 

http://redesustentabilidade.org.br/os-graves-problemas-do-pais-so-podem-ser-resolvidos-com-mais-democracia/

Estas são colocações que merecem ser compartilhadas.

Jackeline Sarah

Escritora






quinta-feira, 12 de março de 2015

Sexta 13 Pró-Dilma

Nesta sexta-feira 13, CUT, MTST, MST, FAF-CUT/SP, MAB, CMP e Levante Popular da Juventude, entre outras organizações, realizarão ato pró-Dilma, em frente à Petrobras, na Avenida Paulista, em São Paulo, tendo como principal bandeira a defesa da Petrobras. 

Apesar do pedido da Presidente para que o evento fosse cancelado ou adiado, A CUT confirmou o início para as 15 h.

Indonésia anuncia venda de casa, incluindo casamento com a proprietária

Os muçulmanos têm mesmo uma forma diferente de enxergar o casamento e como encontrar seus futuros cônjuges. Ainda assim, neste caso, parece-me que a mulher indonésia confiou em um amigo especialista em corretagem de imóveis e ele teve a "brilhante ideia": vender a propriedade, oferecendo a oportunidade de o comprador se casar com a atual proprietária.

Trata-se de um anúncio que se tornou viral nas Redes Sociais, em que se oferta para compra uma casa na Ilha de Java. O anúncio inclui a informação de que o comprador poderá pedir a atual proprietária do imóvel em casamento.

Wina Lia, viúva, dona de um Salão de Beleza, diz ter pedido a um amigo, corretor de imóveis, que a ajudasse a vender o imóvel e a encontrar um marido, embora não imaginasse que ele faria o anúncio na internet. 

Com a grande repercussão do anúncio, Wina Lia tem sido entrevistada por repórteres e, até mesmo, pela Polícia. No entanto, há apenas um comprador interessado...

Leia mais sobre isso em:
Portal dos Administradores
Globo.com

Jackeline Sarah
Escritora

quarta-feira, 11 de março de 2015

Sobre a manifestação pelo impeachment da Presidente Dilma

Vivemos um momento sério no Brasil e inúmeras vozes se levantam para liderar o povo brasileiro. É inegável que nos colocamos, como povo, em uma difícil situação política, ao escolhermos nossos governantes, nessa e em algumas outras eleições.

Vivemos em uma Democracia e, como tal, elegemos, entre outras autoridades, nossa Presidente. Escrevo 'nossa' não como se defendesse sua forma de governar o país, mas no sentido de que, no processo democrático, o resultado das eleições aponta aquele que foi eleito para governar, no caso das eleições presidenciais, todo o Brasil e não somente àqueles brasileiros que o elegeram.

Resulta das últimas eleições presidenciais que Dilma Roussef é a presidente do Brasil.


Isso foi definido pelo povo brasileiro, há apenas alguns meses. Pergunto-me se a justificada insatisfação com o Governo, que, prontamente, descumpriu promessas de campanha e tem dificuldade para assumir suas responsabilidades, é o suficiente para que o povo queira voltar atrás em sua decisão soberana e escolher outro Presidente. É certo que há escândalos de corrupção envolvendo o partido da Presidente e outros partidos que a apoiaram. Também é certo que:

"A corrupção não é um problema da Dilma, do Lula, do Fernando Henrique, nem do Collor, nem do Sarney. 
A corrupção é um problema nosso." 
(Marina Silva, referindo-se à sociedade, em conversa com os alunos de Harvard)

Para que seja possível o impeachment da Presidente, será necessário que o pedido seja protocolado junto ao Congresso Nacional, acompanhado de documentos que comprovem a denúncia. Existem provas de que Dilma tenha cometido improbidade administrativa ou esteja colocando em risco a Segurança Nacional? Há provas que a liguem diretamente aos escândalos de corrupção que têm sido revelados? Não havendo provas, não pode haver processo de impeachment. Havendo provas, o processo ainda precisará ser votado e aprovado por dois terços, tanto no Congresso Nacional como no Senado. Caso fosse aprovado, assumiria a Presidência do Brasil o Vice-Presidente, Michel Temer, o que faz com que outra pergunta insista: O que ganharíamos como Nação, tendo Michel Temer como Presidente? O que muitas pessoas não sabem é que, em caso de impeachment da Presidente, não serão convocadas novas eleições e não será Aécio Neves quem assumirá o Governo. Novas eleições diretas seriam convocadas apenas se o Vice-Presidente sofresse, também, impeachment na primeira metade do mandato.

Sabendo disso e, ainda assim, acreditando que devem ir às ruas pedir o impeachment, reconheço que  se manifestar contra o Governo é um direito do povo. O importante é que a manifestação ocorra de forma pacífica e que seja legitimamente popular. Quem se manifestar nas ruas no proximo dia 15/03, deve certificar-se de não estar sendo manipulado por grupos ou interesses partidários. Quem quiser se manifestar precisa ter certeza de que está se manifestando pacificamente. Afinal, um erro não conserta outro. Agressões verbais, físicas ou materiais reverterão o quadro em que o Brasil se encontra? Ser manipulado por um ou outro grupo ou interesse partidário é melhor que ser governado pela Presidente?

"As pessoas devem ter maturidade em suas escolhas." (Marina Silva, em Harvard, durante conversa com estudantes, em evento fechado)

O povo brasileiro precisa ter ideais de Justiça e paz. O povo brasileiro não pode ser massa de manobra, nem para o Governo, nem para a oposição. O povo brasileiro precisa pensar. Não somente para se manifestar nas ruas, mas, especialmente, para entender o que é política e identificar que o que  se pratica atualmente, em nossa Nação, NÃO É POLÍTICA.  Segundo Aristóteles, Política é a arte de promover a felicidade do povo. O povo precisa pensar para começar a fazer política, como povo, e envolver-se, conscientizar-se, fora do período eleitoral, para que um povo politizado comece a gerar homens e mulheres que façam POLÍTICA, política como tem que ser feita, visando o bem-comum, política de verdade, uma nova política. Enquanto não vivemos isso, o povo precisa pensar no que vê e ouve antes do período eleitoral. Precisa comparar resultados de ações daqueles que foram eleitos. Precisa denunciar e rejeitar os corruptos, os corruptores, os que se encostam em seus mandatos, os que exercem seus mandatos apenas por interesses particulares. O povo precisa enxergar e valorizar aqueles que trabalham pelo bem do povo e elegê-los. Para que haja políticos honestos, fazendo politica de verdade, mesmo em meio à corrupção que existe, hoje, nos três poderes... Pessoas assim já existem, homens e mulheres comprometidos com a prática da Justiça, mas, frequentemente, o povo demonstra preferir votar naqueles que fazem qualquer outra coisa em seus mandatos, menos governar em prol da felicidade do povo... Isso precisa mudar!

O povo brasileiro precisa agir. Indo às ruas de forma pacífica e sem ser manipulado? Pode ser, é direito seu. Mas, especialmente, o povo brasileiro precisa agir no dia-a-dia, começando a deixar o jeitinho brasileiro de lado, adotando a honestidade como bandeira, a lealdade como freio, a responsabilidade pelo que é de todos como compromisso. São valores que faltam ao povo, em geral, e, portanto, faltam aos seus representantes, que, uma vez eleitos, usam suas posições de autoridade para oprimir e institucionalizar a opressão. Isso precisa mudar!

Hoje, estamos mal representados, porque escolhemos mal, porque fiscalizamos mal, porque mal pensamos e porque agimos mal. As autoridades que elegemos como povo, no processo democrático, quer tenhamos votado individualmente nelas, quer não, sim as autoridades, enfim, eleitas, são aquelas pessoas escolhidas como se fossem as melhores pessoas da cidade, do estado, da Nação e, portanto, tivessem direito à nossa confiança de que viverão o seu mandato para promover a felicidade de todos. Infelizmente, temos escolhido mal. Somente o povo pode mudar isso!

Não dá pra fazer uma passeata nas ruas pra mudar a consciência e a forma de agir de um povo. Isso se faz no dia-a-dia. Pessoalmente, estou comprometida com isso e conheço homens e mulheres que, também, estão. Não vou citar nomes, porque escrevo o que tenho refletido e não posso comprometer a ninguém com a minha opinião. Opinião que tenho direito de expressar e que deveria ser recebida com respeito, mesmo por aqueles que não pensam como eu.

Partindo do mesmo princípio, respeito a quem decidiu ir às ruas se manifestar contra a Presidente, embora eu mesma não vá. Só lhes peço, se posso, que cuidem para que a manifestação seja pacífica e assegurem-se de que não estão sendo manipulados por grupos ou interesses partidários. Façam com que a manifestação seja genuinamente popular e contribua para a felicidade de todos. Se for assim, quem sabe seja o começo da prática de uma nova política, da política de verdade?

Jackeline Sarah
Escritora

Fonte: 
As citações foram atribuídas a Marina Silva pelo Estadão.

terça-feira, 3 de março de 2015

Morre Zé Rico, cantor sertanejo

Aos 68 anos, morreu, hoje, o cantor sertanejo Zé Rico, da dupla sertaneja Milionário e José Rico, que estava internado, desde ontem, em Americana-SP. Segundo o boletim médico, ele teve insuficiência do miocárdio, seguida de parada cardíaca.

O velório está marcado para hoje, a partir das 21 h, na Câmara Municipal de Americana e Zé Rico deixou esposa, Berenice, e dois filhos.

À família, aos amigos, aos fãs e à música brasileira, nossos sentimentos.

Jackeline Sarah
Escritora

Fonte: 
http://g1.globo.com/musica/noticia/2015/03/morre-o-cantor-sertanejo-jose-rico-diz-assessora.html



segunda-feira, 2 de março de 2015

Fantástico vestido preto e azul

(Você pode ler aqui no blog o que aconteceu na semana passada e, mesmo a semana tendo passado, o vestido branco e dourado ganhou destaque no começo da nova semana.)

Esbravejem os descontentes e nem vai adiantar. O vestido preto e dourado ficou mesmo famoso. Destaque entre os assuntos mais comentados na internet em toda a história, tornou-se, também, um assunto fantástico. Sim, o Fantástico comprou a última peça do vestido, em Londres, e Poliana Abritta abriu o programa com o vestido, que, novamente, ganhou destaque nas Redes Sociais, chegando ao Trend Topic mundial no Twitter.

Eu o vi e, ainda vejo, na foto, branco e dourado, mas, na tela do Fantástico não restam dúvidas: é mesmo preto e azul. Ou será que alguém ainda o viu marrom e lilás? 

Leia a explicação para a cor que você viu no vestido aqui. E, neste link, Você poderá ver um vídeo bem feito e com linguagem bem simples, se quiser compreender melhor por quê vimos o vestido em cores diferentes.

Como disse o apresentador, seja qual for a cor que Você viu, Você está certo. Confira a reportagem aqui.

Bem, agora que deve estar claro que cada pessoa decodifica o que vê de uma forma diferente, dependendo da luminosidade e dos filtros que usa em sua mente, que tal usarmos a fama do vestido a nosso favor, e começarmos a fazer uma grande semana, decididos a sermos mais pacientes, tolerantes com opiniões diferentes das que temos? 

Será um jeito legal de darmos sentido à polêmica do vestido branco e dourado, concorda?

Faça uma grande semana!

Jackeline Sarah
Escritora

Fonte:
Veja

Copiei a foto daqui.